quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Erro ou ato falho

Existe uma enorme diferença entre cometer um erro ou engano e cometer um ato falho. A primeira vista parece tudo a mesma coisa, mas se analisarmos com mais cautela veremos que o ato falho tem muito a dizer.

Um erro ou engano é esquecer algo, confundir alguma informação, errar algo por poucas letras ou similaridades. Mas o ato falho desvenda aquilo que seu cerebro sabe que está errado, sabe que não deve dizer, mas cujo subconsciente insiste em te lembrar porque é algo pulsante dentro de você.

Um exemplo muito comum de ato falho é o fato de chamar uma pessoa pelo nome da outra (aquela outra que sob hipótese alguma deveria ser confundida). Isto ocorre porque determinada situação, lugar ou cena, te trás de volta uma informação ou uma lembrança da outra pessoa que você reprime... mas ela chega com tanta intensidade que "vaza".

O detalhe da história e que, dependendo do momento em que vaza, pode significar muita coisa:
Se vaza num momento de discussão, significa que aquela história marcou tanto e te deixou tão nervoso (a) que te faz lembrar a cada discussão. Se vaza num momento de ternura, mostra quanto afeto você ainda tem pela pessoa...
Se vaza naquelas horas, putz, aí mostra o enorme tesão que ela ainda te dá...
Bem, qualquer que seja o caso, a pessoa com que você está tem toda razão em enlouquecer de ciúmes, nestas horas... Afinal, se seu sentimento ainda é tão intenso a ponto de ultrapassar o racional, amigo, melhor esperar um pouco mais antes de tentar um novo relacionamento... pois histórias mal resolvidas e amores mal acabados costumam ser fatais para novos relacionamentos!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Mãos Dadas

É interessante como um pequeno detalhe muda todo o contexto da história. Num primeiro momento podemos dizer que andar de mãos dadas é um ótimo marcador de relação, agora, se a relação é saudável ou não, os detalhes é que vão dizer.
Andar paralelamente sem se dar às mãos mostra que a pessoa permite sua presença, mas não que faz questão de demonstrar que está contigo. Há um quê de incerteza, na falta de enlace das mãos, à medida que não fica claro, para os demais a sua volta, se você está ou não acompanhado. Se há intenção de mostrar certa disponibilidade à “novas possibilidades” as mãos livres tornam-se um bom convite, visto a falta de uma ligação que impeça, ou dificulte, a aproximação de uma outra pessoa.
Vai na mesma linha de quando alguém enlaça seu companheiro pela cintura com o braço, mas não é retribuído. Fica clara a aceitabilidade do primeiro para o relacionamento, contrapondo o desprezo do outro. A magia é que, isto tudo, é inconsciente, portanto, não demonstra o que você quer, mas o que você realmente sente.
Assim, andar de mãos dadas nem sempre é um bom sinal. Como todas as outras coisas, os detalhes é que vão dizer o quão bom ou ruim é estar de mãos dadas, pois, o jeito como as mãos estão dadas é que fazem toda a diferença com relação ao significado do ato.
Pode-se andar de braço dado, indicando total autonomia do passeio à pessoa que segue a frente. Aquele que carrega é quem dirige a situação, enquanto que o que é carregado é apenas um adereço, algo a ser mostrado, a ser exibido. Este segundo, usa o primeiro como seu escudo, sua proteção. É muito comum em bailes de gala, onde a mulher é a peça de exibição do homem, mas pode ocorrer em diversas situações onde se reconhece a superioridade daquele que conduz.
Pode-se, ainda, andar de mãos dadas em forma de concha, como a mãe acompanhando seu filho à escola, isso demonstra preocupação e descrédito ao mesmo tempo. Demonstra sua falta de confiança em deixar o filho totalmente livre e/ou deixá-lo seguir seu próprio caminho. Por mais que este segundo tenha certa autonomia, ela é vedada, se necessário por aquele que tem a mão na posição de comando. Sim, porque, fatalmente, neste caso, um precisa estar à frente e, portanto, é quem carrega ou dirige o outro que será, se necessário, arrastado ao caminho que aquele que comanda deseja.
Agora, existe um modo que demonstra todo o respeito, o companheirismo e a confiança que um relacionamento mais profundo pede. As mãos enlaçadas. Neste caso não há um que manda e um que é mandado, um que segue e um que é seguido. A própria anatomia do ato força que os braços se enlacem também e que ambos estejam paralelos sempre. Não há como um ficar muito mais a frente e outro mais atrás, pois isso tornaria o enlace desconfortável.
É como a vida precisa ser, ninguém mais a frente ou mais atrás, para que não seja desconfortável para nenhuma das partes, mas sempre juntos.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Aliança

Não passa de um pequeno circulo de metal, quase nada, mal faz diferença, são facilmente removíveis e, portanto, para alguns (às vezes para muitos) mais distraídos, não têm a mínima importância.
Essa falta de importância pode estar ligada a falta de percepção aos detalhes, ou talvez, à falta de capacidade de criar ligações afetivas com “links” diretos para essas emoções. Sim, a aliança é só o detalhe, somente o link. A beleza está no que ela simboliza.
Aliança. Perceba que o próprio nome já muda para induzir a rever sua representatividade. Não é um simples anel, é uma aliança, um laço, o símbolo de um acordo, a marca de um compromisso.
É algo que serve para lhe remeter às promessas e a todo sentimento que te levou a fazê-las. E, se não houve promessas, ao comprometimento com o sentimento que lhe fez utilizá-las. E se tudo isso não é levado em conta, se essa não é a visão que se tem sobre esse pequeno objeto, melhor mesmo não usá-lo, pois neste caso, ele não faz mesmo diferença. Afinal, não se tem uma aliança, se tem um simples anel, um simples ornamento, algo tão facilmente removível ou substituível quanto o sentimento que impulsionou usá-lo. Já se perguntou por que, nos filmes, quando em crise, toca-se, olha-se ou aparece em destaque a aliança? (Veja na cena de traição do filme Infideldade quantas vezes ela aparece em destaque) Exatamente porque essa é a “razão de ser” dela, estar visualmente presente para lembrar-lhe do compromisso, mesmo quando a outra parte do acordo não estiver ali. Dar a oportunidade de, antes de qualquer coisa, refletir se tudo mudou a ponto de não valer mais a pena a manutenção dos sonhos propostos na data daquela “aliança”. Fazer pensar por mais um segundo, que, supõe-se, ser tempo suficiente, muitas vezes, para não desistir dos votos. Então, se não está pronto para usar uma aliança, assumindo tudo o que ela significa, procure não utilizar anéis em seu lugar enquanto pensa, pois o outro par pode estar sendo encarado como aliança e, melhor dedos esperançosos do que alianças quebradas.