sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Fazer tatuagem por modinha

Hoje me deparei com uma matéria na internet com um título que me deixou passada: “Tatuagens Femininas que estão na moda”!!!
Pensei, caracas! Tatuagem não pode ser uma coisa de moda, ela é permanente, se é pra fazer parte de modinha, faz de henna!
Afinal, em quanto tempo a moda muda? Roupas, a cada quatro meses, sapatos, seis meses e tatuagem? Vamos supor que seja dez anos, depois desse tempo que você faz com a tatuagem fora de moda? Troca? Tira? Que graça tem?
E que graça tem ficar fazendo a mesma tatuagem igual gado marcado, afinal, quantas mil pessoas fizeram estrelas representando os parentes depois que a Mel Lisboa fez? 
Eu tenho duas (tecnicamente três, pois uma é um par) tatuagens no corpo. Elas tem significado, algum sentido pra mim. Tem a ver com a minha vida. Com algo permanente, uma marca para algo que marcou um momento que fez toda a diferença em quem sou, que não mudará daqui a 50 anos.
Tatuagem Harry Potter e Grifinória
Tatuagem não é pra ser feita aos doze anos por conta de um desenho que você gosta muito, mas que aos vinte cinco terá vergonha de dizer que era fã.
Aí, olha você de camiseta na festa de final de ano no sítio por vergonha de mostrar que tem o logo da Grifinória gravado no braço.
Ah, mas hoje em dia dá pra tirar!
Amig@, a graça de ter uma tatuagem é não dar pra tirar. Se você tatua um nome jurando amor eterno, é pra ser pra vida inteira.
Se cada vez que termina o relacionamento você limpa e tatua outro, a tatuagem não tem o mesmo valor.
Chaveiro com nome
Deixa pra mudar o status de relacionamento só na rede social mesmo. Ou compra um chaveiro com o nome da pessoa, ou uma pulseira, escreve no cabelo, sei lá, mas se não é pra ser permanente, que não seja algo que você vá gastar uma grana pra remover.


A beleza da tatuagem é o detalhe de ser para sempre.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O fácil e o difícil

Agora é fácil, então, levante-se e se vanglorie por se julgar melhor que a anterior, em função da manutenção do amor, que o antigo amado desta, hoje nutre por você.
Sim, é fato, que se conseguiste pôr fim ao antigo amor, fazendo por força do destino, resistir ou florescer o amor por ti, tens glorias, mas as suas novas glórias não tiram nem excluem as glórias antes conquistadas. Até porque, para fazê-lo, teria que voltar o relógio do tempo até um tempo em que era mais difícil amar.


Imagem: Miguel Rômulo e Murilo Beneficio
(Representação fictícia de o antes e o depois)
Pois é fácil amar o homem feito, cheio de trejeitos másculos, segurança de si e vestes de homem bem sucedido. Difícil mesmo foi amar o nerd magrelo de calças jeans surradas e camiseta cheia de furos, largado no sofá da mãe, jogando vídeo game, em uma tarde de domingo. É mérito de quem conseguiu enxergar nele o homem vês agora, mas que naquele tempo, ainda não existia. 

É fácil amar o homem sensato, de frases pensadas e pausadas, que se cala para não magoar. Esse que conta as palavras e as atitudes para não piorar a situação. Difícil mesmo era amar aquele rapaz que explodia, dizia tudo o que lhe vinha a cabeça, que fazia mil besteiras e, depois, recorria ao amor que por ele se sentia para justificar a sua obrigação de perdoá-lo.

É fácil amar o homem que entende que sua inteligência independe do seu grau de instrução ou origem. Difícil foi amar aquele que fazia coro aos que diziam que não era porque você havia nascido na periferia e tinha poucos recursos, que deveria permanecer “sem instrução” para sempre, o que na época significava que, apesar de ter terminado o colegial (ou o ensino médio de hoje), você não era considerada instruída o suficiente para ele. 

É fácil amar o homem que a ama por quem você é em seu interior e não o que você faz da vida ou o quanto conquistou até agora. Difícil foi amar aquele que sempre exigia mais de você, esquecendo que você era só uma menina que apenas AINDA não tinha brilhado.

É fácil amar o homem que te apoia em seus projetos e comemora suas conquistas junto com você, difícil foi amar o rapaz que ao receber a notícia de que você havia conquistado uma bolsa para estudar em uma das melhores universidades do país comentou sua surpresa com a incapacidade dos demais por terem sido piores que você, a ponto de terem perdido a tal vaga, logo pra você. 

É fácil amar o homem que quer sempre estar ao seu lado e recompensá-lo por isso. Difícil foi amar o garoto que“fugiu”, no primeiro ano de namoro, para passar o carnaval sozinho em Guarapari, sem fazer contato por três dias. E não estou falando de amá-lo só a ponto de perdoá-lo pela mancada, mas o suficiente para passar vários dias cuidando dele na ausência dos pais que estavam na praia, para ajudá-lo a tomar banho, se vestir, entregar documentos na empresa, porque, a criaturinha, depois de três dias sem fazer contato, apareceu com a clavícula quebrada.

É fácil amar o homem que hoje enxerga super bem. Difícil foi ama-lo enquanto usava “óculos fundo de garrafa”, o suficiente para passar dias dormindo apertados, na cama de solteiro, para cuidar dele na recuperação pós-cirúrgica da vista ou para acompanhá-lo ao médico e segurar sua mão e conforta-lo na sala de espera da emergência do oftalmo, quando ele termia que não fosse só uma conjuntivite que o atacava, mas talvez um problema mais sério com a cirurgia da vista.



É fácil amar o homem que respira super bem. Difícil foi apoiar suas costas enquanto ele vomitava sangue no chão todo do quarto, depois da cirurgia do septo nasal. Difícil foi segurar sua mão enquanto o médico tirava dois dedos de luva de dentro dos seios nasais, o que fazia o sangue jorrar na toalha. Isso tudo sem sem sentir nojo ou repulsa, pois depois de certo tempo, o sangue do outro é como se fosse seu próprio sangue.

É fácil amar o homem que hoje lhe apresenta a casa completa, organizada e mobiliada, na qual você deseja só entrar e mudar colocar seus quadros no lugar dos antigos e quem sabe qualquer objeto de decoração para que se pareça mais com você. Porque difícil foi amar o rapaz o suficiente para ir pra essa mesma casa dormir em um colchonete sujo, surrupiado da caminhonete do pai, e aí em diante ter que conquistar a cada dia uma partezinha das coisas que hoje compõem essa mesma casa que este quer lhe entregar de bandeja.


É fácil amar o homem que se mostra forte, seguro e protetor a todo momento. Difícil é amar o rapaz que desaba na escada, quase em estado catatônico, quando a nossa casa é assaltada, tendo você que ficar dividida entre tomar providências quanto ao roubo ou acudi-lo de seu estado de choque.

É fácil amar o homem que demonstra amor a todo momento, difícil é amar o rapaz que acredita que demonstração de amor é igual a demonstração de fraqueza, então, toda música romântica é “de corno”, todo filme romântico é “mela cueca” e qualquer demonstração de afeto é “viadisse”.

É fácil amar o homem que reconhece seus erros e se preciso implora por perdão. Difícil foi amar o garoto que nunca se desculpava e quando errava se restringia a não falar mais sobre o assunto, pois, achava que jogar para debaixo do tapete era o melhor modo de lidar com as “sujeiras emocionais” do relacionamento.

É fácil amar o homem que tenta não te magoar nunca, difícil é amar o garoto que acha que não precisa mais ter cuidado em te magoar porque já te magoou tantas vezes (que mal faz mais uma vez? você aguenta! você supera!).


É fácil amar, por um ano inteiro, um homem que tem certeza do que sente por você e confirma a cada dia de que quer você por todos os dias dali em diante, confirmando o rótulo do relacionamento e cumprindo ritos como alianças e cerimônias. Difícil mesmo foi passar DEZESSETE ANOS com alguém que tinha dúvidas de tudo e se recusava por todas as formas e meios que encontrava a rotular e cumprir qualquer rito ou cerimônia que pudesse lhe deixar segura do relacionamento e do amor que possuía.

Parabéns pelo mais fácil, pra o mais difícil ainda faltam muitos anos... que talvez nunca cheguem, digo, não os anos, mas as partes mais difíceis.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A fé não se perde em um único dia!


É interessante notar que a fé, seja no que for, em Deus, no amor, nos homens, em nós mesmos, não se perde do dia para a noite. É algo que vai desaparecendo pouco a pouco, vai dando sinais de sua decadência e aguardando desesperadamente sinais que os devolva esperança.

Infelizmente tudo é sutil demais.
É o cristão que começa a deixar de agradecer por suas refeições, na esperança de que alguém note e o convide para fazê-lo novamente.
É a menina que muda o esmalte de rosa bebe para marrom café, pra ver se alguém nota que está deixando de acreditar em romance, na esperança de que um príncipe note e lhe traga flores.

É o rapaz que passa tanto tempo sozinho, fazendo planos macabros, na esperança que alguém o note, perceba sua solidão e o resgate daqueles pensamentos.
É a mãe solteira que olha desolada para o filho recém nascido na esperança de que alguém de sua família ou o pai da criança apareça para apoiar-lhe naquela situação.
Mas o final é idêntico embora as conseqüências diferentes. No final ninguém aparece até que a fé morra por completo. E depois, olham horrorizados, para aquelas pessoas "más" a quem, antes, ignoraram por completo.

Aquele que gritou aos quatro ventos que Deus não existe mais. Aquela que não se importa com relacionamento e sentimentos. Aquele que entrou numa escola e atirou em crianças. Aquela que abandonou o filho no lixo.
Olham todos como culpados, mas não notaram os detalhes que pediam socorro e não agiram com detalhes que trouxessem de volta a esperança. São só detalhes sem importância. São só detalhes.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Encontro marcado, encontro frustrado!

Para a mulher é muito mais doloroso um encontro frustrado do que para o homem. O homem só se prepara no dia. Toma banho, faz a barba, se perfuma, se troca e tá pronto.

Já a mulher passa o mês se preparando. Vai ao cabeleireiro, manicure, podólogo, esteticista, endocrinologista, ginecologista, massagista e depiladora. Vira a rainha dos cremes e das maquiagens. Compra vinte e duas roupas e lingeries, correndo o risco de experimentar todas no dia e ainda sair pra comprar outra na última hora.

Se o encontro for frustado a logistica toda vai pro beleleu. Se o banana remarca pra semana seguinte é o inferno. O cabelo já cresceu, mas não o suficiente pra refazer a tintura, as luzes e a progressiva. Os pelos cresceram, mas não o suficiente pra conseguir depilar. Ela ficou estressada, roeu as unhas e as cutículas, mandou a dieta pro inferno e acabou com o esto que de chocolate. Além disso, o clima mudou, a moda também e a roupa perfeita agora é horrivel!

Ou seja, mulher é tudo louca! (risos)

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Erro ou ato falho

Existe uma enorme diferença entre cometer um erro ou engano e cometer um ato falho. A primeira vista parece tudo a mesma coisa, mas se analisarmos com mais cautela veremos que o ato falho tem muito a dizer.

Um erro ou engano é esquecer algo, confundir alguma informação, errar algo por poucas letras ou similaridades. Mas o ato falho desvenda aquilo que seu cerebro sabe que está errado, sabe que não deve dizer, mas cujo subconsciente insiste em te lembrar porque é algo pulsante dentro de você.

Um exemplo muito comum de ato falho é o fato de chamar uma pessoa pelo nome da outra (aquela outra que sob hipótese alguma deveria ser confundida). Isto ocorre porque determinada situação, lugar ou cena, te trás de volta uma informação ou uma lembrança da outra pessoa que você reprime... mas ela chega com tanta intensidade que "vaza".

O detalhe da história e que, dependendo do momento em que vaza, pode significar muita coisa:
Se vaza num momento de discussão, significa que aquela história marcou tanto e te deixou tão nervoso (a) que te faz lembrar a cada discussão. Se vaza num momento de ternura, mostra quanto afeto você ainda tem pela pessoa...
Se vaza naquelas horas, putz, aí mostra o enorme tesão que ela ainda te dá...
Bem, qualquer que seja o caso, a pessoa com que você está tem toda razão em enlouquecer de ciúmes, nestas horas... Afinal, se seu sentimento ainda é tão intenso a ponto de ultrapassar o racional, amigo, melhor esperar um pouco mais antes de tentar um novo relacionamento... pois histórias mal resolvidas e amores mal acabados costumam ser fatais para novos relacionamentos!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Mãos Dadas

É interessante como um pequeno detalhe muda todo o contexto da história. Num primeiro momento podemos dizer que andar de mãos dadas é um ótimo marcador de relação, agora, se a relação é saudável ou não, os detalhes é que vão dizer.
Andar paralelamente sem se dar às mãos mostra que a pessoa permite sua presença, mas não que faz questão de demonstrar que está contigo. Há um quê de incerteza, na falta de enlace das mãos, à medida que não fica claro, para os demais a sua volta, se você está ou não acompanhado. Se há intenção de mostrar certa disponibilidade à “novas possibilidades” as mãos livres tornam-se um bom convite, visto a falta de uma ligação que impeça, ou dificulte, a aproximação de uma outra pessoa.
Vai na mesma linha de quando alguém enlaça seu companheiro pela cintura com o braço, mas não é retribuído. Fica clara a aceitabilidade do primeiro para o relacionamento, contrapondo o desprezo do outro. A magia é que, isto tudo, é inconsciente, portanto, não demonstra o que você quer, mas o que você realmente sente.
Assim, andar de mãos dadas nem sempre é um bom sinal. Como todas as outras coisas, os detalhes é que vão dizer o quão bom ou ruim é estar de mãos dadas, pois, o jeito como as mãos estão dadas é que fazem toda a diferença com relação ao significado do ato.
Pode-se andar de braço dado, indicando total autonomia do passeio à pessoa que segue a frente. Aquele que carrega é quem dirige a situação, enquanto que o que é carregado é apenas um adereço, algo a ser mostrado, a ser exibido. Este segundo, usa o primeiro como seu escudo, sua proteção. É muito comum em bailes de gala, onde a mulher é a peça de exibição do homem, mas pode ocorrer em diversas situações onde se reconhece a superioridade daquele que conduz.
Pode-se, ainda, andar de mãos dadas em forma de concha, como a mãe acompanhando seu filho à escola, isso demonstra preocupação e descrédito ao mesmo tempo. Demonstra sua falta de confiança em deixar o filho totalmente livre e/ou deixá-lo seguir seu próprio caminho. Por mais que este segundo tenha certa autonomia, ela é vedada, se necessário por aquele que tem a mão na posição de comando. Sim, porque, fatalmente, neste caso, um precisa estar à frente e, portanto, é quem carrega ou dirige o outro que será, se necessário, arrastado ao caminho que aquele que comanda deseja.
Agora, existe um modo que demonstra todo o respeito, o companheirismo e a confiança que um relacionamento mais profundo pede. As mãos enlaçadas. Neste caso não há um que manda e um que é mandado, um que segue e um que é seguido. A própria anatomia do ato força que os braços se enlacem também e que ambos estejam paralelos sempre. Não há como um ficar muito mais a frente e outro mais atrás, pois isso tornaria o enlace desconfortável.
É como a vida precisa ser, ninguém mais a frente ou mais atrás, para que não seja desconfortável para nenhuma das partes, mas sempre juntos.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Aliança

Não passa de um pequeno circulo de metal, quase nada, mal faz diferença, são facilmente removíveis e, portanto, para alguns (às vezes para muitos) mais distraídos, não têm a mínima importância.
Essa falta de importância pode estar ligada a falta de percepção aos detalhes, ou talvez, à falta de capacidade de criar ligações afetivas com “links” diretos para essas emoções. Sim, a aliança é só o detalhe, somente o link. A beleza está no que ela simboliza.
Aliança. Perceba que o próprio nome já muda para induzir a rever sua representatividade. Não é um simples anel, é uma aliança, um laço, o símbolo de um acordo, a marca de um compromisso.
É algo que serve para lhe remeter às promessas e a todo sentimento que te levou a fazê-las. E, se não houve promessas, ao comprometimento com o sentimento que lhe fez utilizá-las. E se tudo isso não é levado em conta, se essa não é a visão que se tem sobre esse pequeno objeto, melhor mesmo não usá-lo, pois neste caso, ele não faz mesmo diferença. Afinal, não se tem uma aliança, se tem um simples anel, um simples ornamento, algo tão facilmente removível ou substituível quanto o sentimento que impulsionou usá-lo. Já se perguntou por que, nos filmes, quando em crise, toca-se, olha-se ou aparece em destaque a aliança? (Veja na cena de traição do filme Infideldade quantas vezes ela aparece em destaque) Exatamente porque essa é a “razão de ser” dela, estar visualmente presente para lembrar-lhe do compromisso, mesmo quando a outra parte do acordo não estiver ali. Dar a oportunidade de, antes de qualquer coisa, refletir se tudo mudou a ponto de não valer mais a pena a manutenção dos sonhos propostos na data daquela “aliança”. Fazer pensar por mais um segundo, que, supõe-se, ser tempo suficiente, muitas vezes, para não desistir dos votos. Então, se não está pronto para usar uma aliança, assumindo tudo o que ela significa, procure não utilizar anéis em seu lugar enquanto pensa, pois o outro par pode estar sendo encarado como aliança e, melhor dedos esperançosos do que alianças quebradas.